terça-feira, 28 de junho de 2016

1º Texto do ´BLOG´

Não foi por acaso que escolhi este título para o meu primeiro comentário neste Blog. 

Venho falar de um assunto que tem estado (e vai estar) na ordem do dia e que, como era de prever, tem dividido opiniões e fazendo correr muita tinta. 

Falo do famigerado Acordo Ortográfico, das suas implicações na vida das pessoas, do completo disparate que tudo isto representa.

Estas escassas linhas servem para manifestar o meu total repúdio perante esta aberração a que alguns “iluminados” da nossa praça gostam de chamar “uniformização da língua”, mas que não é mais do que um verdadeiro atentado à língua portuguesa, uma língua com mais de 800 anos de história. 

Um grupinho de “mentes brilhantes”, certamente sem nada para fazer, decidiu unilateralmente que era preciso tornar a nossa língua, principalmente ao nível da escrita, um pouco mais de acordo com as necessidades de alguns dos chamados “países irmãos”, nomeadamente o Brasil, Moçambique ou Angola. 

Poderia elencar uma variedade de razões para demonstrar o absurdo da coisa, mas não querendo, de modo algum, cansar os eventuais leitores com grandes dissertações sobre esta matéria, diria que, na minha modesta opinião, esta fétida história se poderia resumir a uma questão de números. 

Portugal, no seu cantinho à beira mar plantado, com os seus míseros 10 milhões de habitantes, capitula, uma vez mais, perante interesses nem sempre muito claros, demonstrando a sua já crónica subserviência ao trazer estas e outras matérias à discussão, vergando-se perante os 200 milhões de brasileiros, os 30 milhões de moçambicanos, ou ainda os 25 milhões de angolanos. 

Nada me move contra estes povos! Também não acho que o busílis da questão esteja, por exemplo, na adaptação a uma diferente ortografia. O grande problema é que esta gente tem uma tremenda dificuldade em falar ou escrever correctamente o português, algo que é facilmente reconhecido por todos, inclusive por eles próprios. 

E eu pergunto: mas somos nós, o país que “inventou” a língua e a escrita, que tem de se adaptar, ou são os outros que o devem fazer? Parece-me que a resposta é óbvia, não acham? 

Mas se ainda houver quem tenha dúvidas pode sempre pedir a opinião ao mais recente membro da comunidade lusófona, a Guiné Equatorial. Um país que entra na dança a troco não se sabe bem do quê, muito menos com que propósito. De uma coisa tenho eu a certeza: não foi devido aos fortes laços que nos unem como povos! 

Mas não se assustem, é apenas mais um exemplo que ilustra na perfeição o amadorismo, a incompetência, o desnorte e a leviandade com que tratamos dos nossos assuntos!    

Assim sendo, quero deixar aqui bem claro que não aceito este retrocesso e que vou continuar a escrever como sempre fiz, ou seja, de acordo com a anterior ortografia!

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