quinta-feira, 21 de julho de 2016

Pokémon, a mais recente imbecilidade

Já não bastava ver a estupidez generalizada da maioria das pessoas que passam a vida com o nariz pregado nos telemóveis, eis que surge mais uma novidade com um nome pomposo para entreter os autómatos acéfalos que caracterizam as sociedades modernas.

Depois do enorme sacrifício que foi aturar a praga das “selfies”, onde qualquer idiota com um telemóvel se fotografava a si próprio nos locais mais rocambolescos, chegou agora a última imbecilidade chamada Pokémon Go, a mais recente invenção da Nintendo para entreter a malta.

Já sei que um imbecil da SIC andou a apanhar bonecos em directo num telejornal, o que caracteriza bem o estado a que chegaram estas lixeiras televisivas que o povinho tem de gramar, especialmente se não tiver outras alternativas. Felizmente não é o meu caso!

Aliás, a nossa comunicação social adora estas coisas. Vive do folclore, do circo, do empolamento, dos pseudodramas e da lágrima fácil.  Anda sempre ao sabor da espuma dos dias, reflexo da sua própria falência e do seu crónico acefalismo.

Para completar o panorama deprimente desta nova histeria colectiva, só faltava mesmo o manual de boas maneiras acabadinho de lançar pela Polícia para ensinar o pessoal a “caçar Pokémons” sem problemas, como se a própria Polícia não tivesse mais nada de útil para fazer. Que este país da treta anda com as prioridades trocadas há décadas, disso já eu estava careca de saber!

Também sei que já há muita gente viciada nesta parvoíce, incluindo o Homer Simpson. Só me falta saber se o Marcelo, o Costa ou a rainha de Inglaterra também já andam entretidos à procura dos famosos bichinhos.

É incrível como as pessoas se deixam contagiar com o supérfluo e o acessório!
O vazio e a frivolidade das pessoas são o reflexo da degradação desta sociedade impreparada e inculta que vamos construindo ao sabor de um consumismo desenfreado de tudo aquilo que não interessa. 

Parece que o tempo em que as pessoas socializavam umas com as outras já faz parte do passado. Hoje vivem apressadas nas suas vidinhas, sempre sem tempo para nada, mas sempre agarradas ao telemóvel, essa maravilhosa criação da tecnologia, mas que se tornou vulgar e banal. É este tipo de sociedades que estamos a construir para o futuro? Se assim é, alguma coisa não está bem!

Sem comentários:

Enviar um comentário