Pokémon, a mais recente imbecilidade
Já não bastava ver a estupidez
generalizada da maioria das pessoas que passam a vida com o nariz pregado nos
telemóveis, eis que surge mais uma novidade com um nome pomposo para entreter
os autómatos acéfalos que caracterizam as sociedades modernas.
Depois do enorme sacrifício
que foi aturar a praga das “selfies”, onde qualquer idiota com um telemóvel se
fotografava a si próprio nos locais mais rocambolescos, chegou agora a última
imbecilidade chamada Pokémon Go, a mais recente invenção da Nintendo para
entreter a malta.
Já sei que um imbecil da SIC
andou a apanhar bonecos em directo num telejornal, o que caracteriza bem o
estado a que chegaram estas lixeiras televisivas que o povinho tem de gramar,
especialmente se não tiver outras alternativas. Felizmente não é o meu caso!
Aliás, a nossa comunicação
social adora estas coisas. Vive do folclore, do circo, do empolamento, dos
pseudodramas e da lágrima fácil. Anda
sempre ao sabor da espuma dos dias, reflexo da sua própria falência e do seu
crónico acefalismo.
Para completar o panorama
deprimente desta nova histeria colectiva, só faltava mesmo o manual de boas
maneiras acabadinho de lançar pela Polícia para ensinar o pessoal a “caçar
Pokémons” sem problemas, como se a própria Polícia não tivesse mais nada de
útil para fazer. Que este país da treta anda com as prioridades trocadas há
décadas, disso já eu estava careca de saber!
Também sei que já há muita
gente viciada nesta parvoíce, incluindo o Homer Simpson. Só me falta saber se o
Marcelo, o Costa ou a rainha de Inglaterra também já andam entretidos à procura
dos famosos bichinhos.
É incrível como as pessoas se
deixam contagiar com o supérfluo e o acessório!
O vazio e a frivolidade das
pessoas são o reflexo da degradação desta sociedade impreparada e inculta que
vamos construindo ao sabor de um consumismo desenfreado de tudo aquilo que não
interessa.
Parece que o tempo em que as
pessoas socializavam umas com as outras já faz parte do passado. Hoje vivem
apressadas nas suas vidinhas, sempre sem tempo para nada, mas sempre agarradas
ao telemóvel, essa maravilhosa criação da tecnologia, mas que se tornou vulgar
e banal. É este tipo de sociedades que estamos a construir para o futuro? Se
assim é, alguma coisa não está bem!
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